A pesquisa Serpes deste domingo, em O Popular, confirma o acerto da previsão, dias atrás, do veterano comentarista Afonso Lopes, em artigo no Jornal Opção, quando afirmou que, “em meio a falhas gerais no funcionamento da máquina administrativa, a imagem negativa de Iris Rezende está se cristalizando. Acendeu a luz vermelha”.
É de apenas 36,2% o índice de aprovação da gestão de Iris, segundo o Serpes. Nas gestões passadas, em pesquisa também do Serpes em 2006, o velho cacique peemedebista chegou a 68% de avaliação positiva.
Leia 2 trechos do diagnóstico de Afonso Lopes sobre a administração de Iris, nesses 3 meses iniciais:
1 – “Qualquer governante em início de mandato precisa de um tempo para tomar pé da situação que lhe cabe administrar. Normalmente, aceita-se até 6 meses de, digamos, uma trégua entre a população e o novo governante. Porém, mesmo nesse período, não é uma trégua incondicional como se imagina. As pessoas até aceitam que as coisas não entrem imediatamente nos eixos, mas não perdoam a falta de transparência sobre a real situação encontrada. Mais do que isso, igualmente não suporta conviver com as mesmas dificuldades no dia a dia e observar o funcionamento político-administrativo com práticas no mínimo problemáticas. Esses dois fatores estão presentes atualmente, e causam uma área de atrito na relação entre a Prefeitura e o cidadão”.
2 – “O maior problema não é a crise que dispara o alerta máximo, mas a consolidação dos seus efeitos. Em outras palavras, a cristalização da imagem. Nesse caso, muitas vezes é até possível manter as coisas, mas o dano é permanente. O que aconteceu com a administração de Paulo Garcia foi exatamente isso: a imagem negativa entrou no alerta vermelho e ficou – por uma série de fatores, nem todos por culpa direta do administrador. A pecha de “pior prefeito” jamais foi completamente superada, e ainda hoje saúda o governo anterior a este. Neste momento, Iris corre esse mesmo risco. É necessário reagir. E rapidamente”.