Na tentativa de justificar a citação dos seus nomes como destinatários de propinas pagas pela Odebrecht, conforme as delações de 2 ex-executivos da empreiteira, o ex-prefeito de Aparecida Maguito Vilela e seu filho, o deputado federal Daniel Vilela, só apresentaram 2 “explicações” até agora:
1 – Negam o recebimento de dinheiro da Odebrecht.
2 – Dizem que não conhecem os ex-executivos delatores e que não autorizaram ninguém a recolher contribuição de campanha para eles.
São “explicações” sucintas e resumidas demais, diante da riqueza de minúcias apresentadas pelos delatores – que levaram a repórter de O Popular Fabiana Pulcineli a analisar o caso e concluir que “são tantos detalhes que fica difícil não acreditar”, em comentário transmitido pela rádio CBN.
O governador Marconi Perillo, por exemplo, também citado nas delações, tem respondido com firmeza e enunciado uma série de argumentos para se defender, entre eles o de que o governo do Estado nunca fez um único pagamento à Odebrecht, por conta de qualquer obra ou contrato.
Mas a grande lacuna das “explicações” de Maguito e Daniel é o ex-secretário de Finanças da prefeitura de Aparecida, Carlos Eduardo de Paula. É ele quem contatou a Odebrecht e foi ele quem recebeu a propina, para entregar aos destinatários finais, segundo o relato dos ex-executivos.
Por que Maguito e Daniel não falam no nome de Carlos Eduardo em suas “explicações”? Por que não o provocam a explicar o seu papel no episódio? Carlos Eduardo “roubou” o dinheiro, mentindo aos representantes da empreiteira que buscava contribuições das quais Maguito e Daniel não tinham conhecimento?
Ou será que eles estão com medo de Carlos Eduardo?