Há exatos dois meses, o promotor Ramiro Carpenedo Netto denunciou um esquema de corrupção que desviou altas somas de dinheiro das bilheterias do Parque Mutirama. O esquema foi desbaratado pela operação Multigrana, mas os chefões do grupo continuaram empregados na prefeitura. O prefeito Iris Rezende (PMDB) manteve-os no cargo. O chefão-mor seria o presidente da Agência de Turismo e Lazer de Goiânia (Agetul), Alexandre Magalhães (que, diga-se de passagem, ainda não deu um pio sobre a tragédia).
De acordo com o promotor, a organização faturava cobrando por bilhetes vendidos em duplicidade no Mutirama. O Ministério Público apurou que algumas gráficas duplicavam os ingressos, portanto, a venda das entradas duplicadas era embolsada pela organização e não entrava no caixa do Parque.
Outra forma de desvio usada pelo grupo era a revenda de ingressos que já haviam sido entregues na catraca e não foram rasgados. Para isso, a organização subornava e contava com a cumplicidade dos bilheteiros.