Na ação civil pública que pede a interdição judicial do parque Mutirama, protocolada no último dia 28 de junho, a promotora Leila Maria de Oliveira é clara ao apontar a negligência do prefeito Iris Rezende (PMDB) como um dos principais fatores que causaram a tragédia da última quarta-feira, que deixou 11 feridos.
Houve negligência de Iris em pelo menos dois aspectos: 1) desde 2012, segundo a promotora, não se realizam testes para averiguar a possibilidade de pane nos brinquedos do Mutirama. 2012 foi o ano em que os brinquedos foram reformados. E, além disso, 2) desde 26 de janeiro de 2017 não há um engenheiro responsável pelo parque, de acordo com o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA).
“É de conhecimento público e notório que os brinquedos que integram o Parque Mutirama são velhos, o que exige um maior cuidado com vistorias e manutenção para garantir segurança aos frequentadores do local. Assim, diante de qualquer sinal de defeito, por mais ínfimo que seja, é responsabilidade do Município de Goiânia, pela Agetul, realizar vistorias técnicas eficazes, com uso de aparelhos pelos quais se possa efetivamente atestar a segurança do brinquedo”, defende a promotora.
Os termos desta ação desmentem a tropa de perfis fakes patrocinados por Iris na internet, que desde a semana passada tentam disseminar a tese que o culpado pela tragédia é o falecido ex-prefeito Paulo Garcia (PT).