Sete meses se passaram desde que Iris Rezende (PMDB) assumiu a prefeitura e a impressão é ruim. Nota-se a reincidência dos mesmos problemas que fizeram de Paulo Garcia (PT) o pior gestor que a cidade já teve, mas com um agravante: desta vez, por trás da cadeira do prefeito há uma primeira-dama sem limites, sem noção e disposta a virar a cidade cabeça para baixo para se eleger deputada federal. Na pior acepção do termo, Iris transformou Goiânia num imenso Mutirama.
A Capital hoje é uma representação em larga escala do parque: mal cuidada, sem manutenção e prestes a colocar a vida das pessoas em risco (como aconteceu quando quebrou o eixo do brinquedo Twister no dia 26 de julho e 11 pessoas ficaram feridas). A TV Anhanguera, no último dia 4, mostrou calçadas na avenida Jamel Cecílio que se assemelham a pistas de rally e faixas de pedestres apagadas. O jornal O Popular da última sexta-feira mostrou a falta de insumos básicos como luvas, esparadrapos, dipirona e paracetamol nos Cais de Goiânia (que já não tinham médicos). Sem falar de denúncias de corrupção envolvendo o próprio Mutirama.
A campanha publicitária que roda o dia todo na televisão diz que, com Iris, a cidade “voltou a sorrir”. Se for verdade, é o sorriso efêmero de uma criança que anda em um brinquedo sem saber que o eixo dele está quebrado. Daí, quando uma tragédia pior acontecer, a única solução será culpar o finado Paulo Garcia (PT) pelo pior. Como sempre fazem.