O delegado André Bottesini, titular da Delegacia de Repressão a Crimes contra o Patrimônio Público (Derccap), afirmou ao site Diário de Goiás que as evidências contra a secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué, acusada de coação a mulher que tirou dentes com alicate por não conseguir consulta com dentista, são “extremamente graves”.
“O primeiro fato não deixa de ser grave, essa suposta omissão da Secretaria de Saúde no Programa de Saúde Bucal em oferecer os insumos que já foram adquiridos através de pregão. Parece que inclusive houve a homologação, encerrou todas as fases do processo licitatório e faltava só a aquisição. Parece que a Secretaria tinha verba disponível para aquisição desses insumos e não se sabe porque não foi adquirido. Em decorrência disso, surgiu esse fato inusitado, até complicado de um usuário do próprio sistema fazer a extração do dente em virtude de não possuir esses insumos na Unidade Básica de Saúde. Esse fato por si só já era grave. Se esse fato realmente aconteceu [coação] e será apurado no inquérito policial, é um fato extremamente grave e precisa de apuração”, disse o delegado.
A Polícia abriu inquérito para investigar Mrué.