Ao comentar a morte de pelo menos 12 pessoas por contaminação do H1H1 na vila São Cottolengo, em Trindade, e o falecimento do médico Luiz Sérgio de Aquino pelo mesmo motivo, em Goiânia, o professor titular de pneumologia da UFG, Marcelo Rabahi, afirmou nesta terça-feira à rádio Sagres 730 que “a reação da saúde pública tem de ser tão agressiva quanto o vírus”.
“A resposta que o sistema de saúde dá para este problema é muito ruim. Já era sabido que enfrentaríamos esta situação no Brasil, porque vivemos algo parecido nos Estados Unidos recentemente. Mesmo com toda a estrutura já seria difícil enfrentar o H1N1. Sem o suporte fica pior ainda”, afirma Marcelo Rabahi.
O pneumologista diz que o sistema público de saúde precisa estar alerta às constantes mutações do vírus, que dificultam a auto-imunização humana. “Precisamos é estar preparados para o diagnóstico precoce, porque às vezes uma análise precoce correta é o que garante a vida do paciente”. Rabahi conta que o H1N1 cria uma espécie de gelatina na parede interna dos pulmões que dificulta a passagem de oxigênio para o tecido sanguíneo.
“Precisamos melhorar o sistema de atendimento, mas esta melhora tem que ser efetiva. Vejo uma grande dificuldade em se estabelecer uma programação na nossa saúde pública. Não é por falta de vivência que a gente não aprende”, diz Rabahi.