O presidente da Assembleia Legislativa, José Vitti (PSDB), rebateu em entrevista coletiva reportagem publicada nesta terça-feira (16/03) por um jornal local de que faltou quórum em 70% da sessões da Casa em 2018. “A matéria é inverídica. Nós não tivemos sequer uma sessão este ano que não tenha sido aberta por falta de quórum, rebateu.
“O que existe aqui, muitas vezes, são manobras de algumas bancadas que ficam em obstrução. Isso não é falta de quórum. No meu entendimento, falta de quórum é não abrir uma sessão, é não poder entrar na Ordem do Dia para votar. Quando a gente entra na Ordem do Dia, já teve sessão na Casa”, enfatizou.
Vitti ainda acrescentou que o fato de algum parlamentar ou bancada se recusar a registrar presença faz parte de “manobra regimental”, que, segundo ele, é comum em todos os parlamentos. “Isso é um jogo e cada vez mais vai se acirrar, porque estamos às vésperas das eleições e os recursos que a oposição tem são travar as votações que são importantes para o governo.” Ele defendeu que deve haver entendimento com os demais parlamentares sobre o funcionamento da Casa no segundo semestre quando haverá a campanha eleitoral.
O presidente do Legislativo ainda lembrou que o trabalho parlamentar não se restringe às votações em plenário e nas comissões – e voltou a criticar o teor da reportagem sobre a falta de quórum. “Eu tenho uma relação muito aberta e muita franca e de muito respeito com toda a imprensa. Quando são veiculadas matérias que não são verídicas, eu fico extremamente chateado, porque não foi o que aconteceu. Nós não tivemos 70% das nossas sessões sem quórum. O que acontece é que muitas vezes a pauta da Ordem do Dia é suspensa, é transferida para outro dia, as comissões são chamadas. O trabalho no plenário chega a ser secundário perante o que acontece nas comissões. Nós não temos como funcionar aqui no plenário se as comissões não deliberarem” explicou.
Vitti lembrou também que muitas vezes os parlamentares não se encontram em plenário por causa de atividades e atendimentos fora da Casa, mas ressaltou que essa dinâmica não tem prejudicado o andamento dos processos legislativos. “Nós não temos absolutamente nenhum problema com pauta cheia, não temos nenhuma categoria que projeto chegou e não foi votado em tempo hábil, não temos reclamação por parte do Governo e de nenhum parlamentar. Ou seja nós estamos trabalhando na maneira que somos demandados”, concluiu.