Texto publicado no site GBrasil (clique aqui para acessar)
Recém-saído de uma desgastante batalha judicial para reaver os seus direitos políticos, o pré-candidato a senador Demóstenes Torres (PTB) conquistou em pouquíssimo tempo a condição de opção viável para compor a chapa da base aliada. O feito de Demóstenes merece estudo nas cátedras de comunicação e de política: ele deu uma aula sobre como criar uma agenda positiva.
Demóstenes colou no governador José Eliton (PSDB) e, ato contínuo, surfou na onda favorável que o Estado montou com medidas de impacto – como a implantação do batalhão de polícia permanente nos terminais do Eixo Anhanguera e o corujão na Saúde (que consiste em abrir a rede de hospitais para exames, consultas e cirurgias das 19 às 23 horas).
Ao mesmo tempo, Demóstenes jurou fidelidade a Eliton ainda que não seja escolhido para compor a chapa majoritária (algo que Lúcia Vânia não fez), conquistando a simpatia da base aliada. Para garantir que a simpatia se transformasse em apoio ostensivo, o ex-senador deu início a outro conjunto de ações que passaram ao largo do planejamento de Lúcia, sua concorrente direta: visitou, conversou e ouviu prefeitos e deputados.
Esta receita simples – mas que exige uma execução minuciosa – transformou a pré-campanha de Demóstenes num projeto coletivo, com apoio de partidos (como PTB, o Solidariedade e o PV) e de líderes importantes (como o presidente da Associação Goiana dos Municípios e prefeito de Hidrolândia, Paulo Sérgio Rezende).
Foi então que Demóstenes adicionou um ingrediente fundamental à receita: o fermento, ou melhor, uma estrutura azeitada de comunicação, que lhe garante espaço nos principais veículos de comunicação todo dia, amplificando o alcance das suas articulações. Do começo ao fim, está sendo um trabalho de profissionais que tem tudo para reconduzir Demóstenes ao Senado, depois da série de vitórias que conseguiu na Justiça.