O funcionalismo público de Goiânia mantém a posição inarredável de não aceitar o aumento da alíquota de contribuição previdenciária de 11% para 14% do salário, conforme estipula projeto encaminhado pelo prefeito Iris Rezende (MDB) para Câmara Municipal e que tramita neste momento na Comissão de Constituição e Justiça. É o que diz o coordenador do Sindicato Municipal dos Servidores da Educação (Simsed), Antônio Gonçalves.
Antônio afirma que é injusto impor ao funcionalismo este encargo num momento de arrocho salarial, em que a prefeitura não respeita a data-base há dois anos. Ele também acusa o prefeito Iris Rezende (MDB) de “sacanear” a categoria ao dizer que o salário dos servidores deixará de ser pago se a reforma não for aprovada. “Ele está agindo de má-fé ao fazer esta chantagem”.
“Dizer que a prefeitura não vai conseguir pagar a folha é inverídico. Tivemos acesso a um estudo do Dieese que diz que a prefeitura gasta 47% do orçamento com folha, percentual muito distante do limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. É uma sacanagem com o servidor público”, afirma Antônio.
“O IPSM possui uma dívida milionária, gerada por sucessivas gestões do PMDB. O servidor não pode ser responsabilizado pela incompetência e crime desses governantes. Temos que cobrar dos verdadeiros responsáveis pelo caos na previdência”, completa.