Romualdo Pessoa, historiador e professor de geopolítica, afirma em entrevista publicada no seu blog que em suas pesquisas sobre a violência no campo na década de 1980, o nome de Ronaldo Caiado (DEM) sempre aparece como líder da UDR, “entidade que ele ajudou a criar e que fazia sistematicamente leilões de gados para arrecadar dinheiro para financiar milícias paramilitares e com pistoleiros, a fim de atacar aqueles que defendiam a reforma agrária”.
Segundo Romualdo, a entrevista foi concedida a um jornal de Aparecida de Goiânia mas, por forças que ele desconhece, acabou censurada.
Veja abaixo um trecho da entrevista (ou clique aqui para ler na íntegra):
Um dos líderes da bancada ruralista no Congresso, Caiado defende bastante o agronegócio. Pelas suas atuações, o político parece mais preocupado com esse seguimento do que com a própria população?
Romualdo – Com certeza. E seria assim um futuro governo seu. Sua trajetória sempre foi marcada por esses posicionamentos. Fiz minha pesquisa sobre a violência no Sul do Pará e Norte de Goiás (atualmente Tocantins) nos embates gerados pela Constituinte da década de1980, e a figura do Caiado sempre esteve presente na liderança da UDR, entidade que ele ajudou a criar e que fazia sistematicamente leilões de gados para arrecadar dinheiro para financiar milícias paramilitares e com pistoleiros, a fim de atacar aqueles que defendiam a Reforma Agrária. Padres, parlamentares, lideranças sindicais, advogados, muitos foram assassinados devido a esse movimento que espalhou violência e ódio pelo interior do país e que começou por Goiás. É esse comportamento que ele, seguramente, manterá como governador, caso venha a ser eleito. Basta verificar suas ações no Congresso Nacional e se perceberá isso com clareza. Além do levantamento de sua história de vida a partir do momento em que se constituiu como liderança dos fazendeiros latifundiários.