Ex-governador e candidato ao Senado, Marconi Perillo (PSDB) afirma que a operação deflagrada nesta sexta-feira (28) em Goiás é uma ação comprovadamente eleitoreira. “Faltam nove dias para a eleição. Está claro que é uma ação eleitoreira e eu repudio veementemente. É uma ação para tentar derrubar alguém que trabalhou por Goiás”, diz Marconi em reunião para apresentação de propostas em Crixás.
Confiante e certo da lisura de seus governos, Marconi manteve a agenda de trabalho desta sexta-feira, onde percorre várias cidades para apresentar suas propostas de trabalho no Senado Federal. “Eu ando em qualquer canto de Goiás com a cabeça erguida porque ninguém fez tanto como nós fizemos. Esse pessoal para querer nos criticar precisam fazer pelo menos 5% do que fizemos em cada canto de Goiás”, afirma Marconi.
A defesa de Marconi Perillo também se manifestou na manhã de hoje por meio de nota em que repudia a ação deflagrada. Na nota, assinada pelo advogado Kakay, a defesa afirma que a operação tem caráter eleitoreiro e abuso de poder por parte do Ministério Público e do Poder Judiciário, já que se trata de acusação sem provas. “Uma violência inexplicável ao estado democrático de direito”, enfatizou a defesa, sobre o mandado de busca e apreensão.
Confira a nota na íntegra:
A Defesa do ex-governador Marconi Perillo vem a público explicitar o mais veemente repúdio à ação deflagrada hoje em Goiás.
O ex-governador foi citado na delação da Odebrecht por fatos ocorridos em 2010 e 2014. É evidente que os fatos devem ser apurados e a Defesa não tem nenhuma preocupação com a investigação.
A palavra do delator é isolada e não há, sequer en passant, qualquer fiapo de indício contra o Marconi Perillo. A busca e apreensão na residência do ex Governador ha 9 dias da eleição assume um caráter claramente eleitoreiro e demonstra um abuso por parte do Ministério Publico e do Poder Judiciário.
É, sem dúvida, uma clara interferência, indevida e perigosa, contra a a estabilidade democrática. Os fatos citados pelo delator, sem provas, se referem a questões antigas. A falta de contemporaneidade, já decidiu varias vezes o Supremo Tribunal,é impeditivo de prisões e qualquer outra medida constritiva contra qualquer cidadão.
Importante esclarecer que NÃO é verdade que o ex Governador teve mandado de prisão decretado, mas teve busca e apreensão e esta medida, neste momento ,já é uma grave agressão. Uma violência inexplicável ao estado democrático de direito.
A Defesa vem denunciando, há tempos, à espetacularização do direito penal e a criminalização da politica.
KAKAY.