Seria curiosa se não fosse antes de tudo trágica a escolha, pela Assembleia Legislativa, do deputado estadual Lívio Luciano (MDB) para a relatoria do delicado projeto de convalidação de incentivos fiscais. Eterno suplente, Lívio jamais empreendeu nem nunca gerou um emprego sequer na vida.
Ao contrário, Lívio Luciano tem passado a “vida pública” inteira recebendo da Secretaria de Estado da Fazenda para ocupar cargos em outros Poderes ou ocupar vagas no Legislativo deixada por colegas que se elegeram para outros mandatos. Ou seja, nem como técnico da área da qual ele é servidor efetivo ele pode falar com propriedade.
Mas está na mão de Lívio o estratégico projeto que trata da convalidação de incentivos fiscais. Entre as bobagens ditas pelo deputado está a de que o Produzir beneficia “poucas empresas”. É desse pouco que Caiado imagina que poderá ampliar a receita do Estado em R$ 1 bilhão revendo os incentivos. E é desse pouco que podem ser demitidos 400 mil trabalhadores, um terço dos 1,2 milhão de empregos criados entre 1999 e 2018 em boa parte como resultado do Produzir.