O relatório final da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investigou as obras paradas em Goiânia foi apresentado oficialmente na segunda-feira, 17, com o pedido de indiciamento, por improbidade administrativa, do prefeito Iris Rezende (MDB) e dos secretários municipais de Infraestrutura, Dolzonan Cunha Matos; de Educação, Marcelo Ferreira da Costa; e de Saúde, Fátima Mrué. A CEI, que iniciou os trabalhos em abril, investigando 40 obras, encerrou o relatório com 116 obras paradas, canceladas ou não iniciadas, um prejuízo de R$ 906 milhões.
O relator, Delegado Eduardo Prado (PV), destacou a falta de colaboração da Prefeitura de Goiânia, que teria sonegado informações, não enviando a documentação solicitada pela CEI. “Foi preciso ir a Brasília, onde tivemos o auxílio do Ministro das Cidades, Alexandre Baldy, para conseguir os documentos necessários para confirmar as obras paradas e o prejuízo causado ao município”, afirmou. Entre as obras canceladas, estão 47 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), com a devolução de mais de R$ 60 mil à União. “Se fossem construídos esses CMEIs, teríamos mais 7 mil vagas em Goiânia, o que zeraria o déficit. É uma irresponsabilidade da Prefeitura com o dinheiro público”, salientou Eduardo Prado.