O publicitário Renato Monteiro acerta em cheio em mensagem postada na sua conta no Twitter, neste início de semana.
Ele diz: “Alguns veículos de comunicação não entenderam que as manifestações colocam eles também na pauta. Se acham, em ‘suas análises’, protagonistas”.
Renatim, assim, é mais um que engrossa o coro dos que lembram a jornais como O Popular, por exemplo, que a grande imprensa é alvo dos protestos e que os manifestantes não necessitam da cobertura dos veículos de comunicação para dar vazão às suas caleidoscópicas reivindicações.
O Popular já publicou centenas de metros de textos “analisando” os protestos, mas não fez até hoje qualquer referência ao fato de que as ruas mostram insatisfação com o trabalho da mídia tradicional.
Na manifestação de quinta-feira, no Centro de Goiânia, os repórteres e cinegrafistas da TV Anhanguera trabalharam sem se identificar com os logotipos do Grupo Jaime Câmara e da Rede Globo, com receio de ser hostilizados. Até a canopla dos microfones, com a logos do GJC e da Globo, foram retiradas.
LEIA MAIS:
Jornalista goiano diz que população descobriu que não precisa da mídia para se mobilizar
Nos protestos, jornais de cartolina ajudam a sepultar a imprensa tradicional
Jornalistas fingem que protestos nada tem a ver com eles. Mas vão ter de fazer autocrítica também
Cileide faz a lista de alvos das manifestações e se esquece de incluir a “grande imprensa”
Artigo de Wanderley Faria é ato de lucidez em meio a festival de tolices na imprensa goiana
Alô imprensa goiana! Protestos também são contra vocês, que não representam a sociedade