Em entrevista ao Jornal Opção na manhã desta segunda-feira, o deputado federal Delegado Waldir chamou de “lixo” e de “FDP” o também deputado federal goiano Major Vítor Hugo, líder do governo Bolsonaro na Câmara. Waldir acusa Vitor Hugo de juntar-se ao governador Ronaldo Caiado para derrubá-lo da presidência do diretório do PSL em Goiás. Veja o trecho da entrevista em que ele fala de Vítor Hugo:
Euler de França Belém – O delegado Manoel Vanderic está próximo do sr.?
É um amigo.
Euler de França Belém – Ele pode ser candidato pelo PSL?
Com certeza, poderia ser. É uma excelente pessoa, tem um trabalho social espetacular. Ele é imbatível em Anápolis. Era para ser deputado federal comigo. Ofereci para ele ser candidato e ele teria sido eleito. Não teria levado o lixo do Vitor Hugo [líder do governo na Câmara dos Deputados]. Se ele [Vanderic] tivesse sido candidato, teria 40 mil votos em Anápolis. Ele é fenomenal.
Euler de França Belém – A palavra lixo não é muito forte para denominar o Vitor Hugo?
É muito pouco, é uma palavra muito pequena. Nós sentamos em uma mesa para montar a chapa do [Ronaldo] Caiado para deputado federal e estadual, com líderes de todos os partidos. Caiado sugeriu fazer um “chapão”. Disse ao governador: “Não, o PSL vai ter chapa pura para deputado estadual e federal”. Fizeram mil ofertas para mim. Não aceitei. Aí elegi esse Vítor Hugo. Corri o risco de não ser eleito, por causa do coeficiente eleitoral. Ele teve 30 mil votos. E aí esse FDP juntou-se com o Caiado depois que virei oposição para me derrubar do diretório.
Quando ele soube que eu seria o presidente do diretório estadual, ainda na pré-campanha, disse ao Bolsonaro que não seria candidato pelo PSL, iria para outro partido. Para atender o Bolsonaro e pacificar [a situação], eu o convidei para ficar no PSL, o Bolsonaro pediu para ele ficar no PSL. O Bolsonaro, o [Gustavo] Bibianno e o Julian Lemos [deputado] são testemunhas.
Fiz um sacrifício por esse cara [Vítor Hugo] e ele é uma das razões desse rompimento meu com o presidente. Ele impediu meu acesso ao presidente. Nunca estive no Palácio [do Alvorada] com o presidente depois da campanha, apenas em eventos, mas nunca tive uma audiência.
Ele blindou o presidente da minha presença. E está afundando o presidente. Ele, a Kufa [Karina Kufa, advogada], o ministro, um grupo pequeno de parlamentares e os filhos estão afundando o presidente, estão destruindo o presidente.