segunda-feira , 23 dezembro 2024
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Pré-candidatura coletiva é lançada pelo PSOL em Goiânia

No domingo (30/08) a Mandata Coletiva e Compartilhada de Mulheres apresentou nas redes sociais pré-candidatura como uma proposta de revolução na política goianiense e brasileira. Alessandra Minadakis, Joana Porto e Nina Soldera formam esse grupo feminino que deverá concorrer a uma vaga na Câmara Municipal de Goiânia nas eleições deste ano. A proposta garante engajamento na conquista de espaços de poder com a participação efetiva da comunidade.

A candidatura coletiva no Brasil vem conquistando notoriedade e desta vez promete ser um marco histórico, pois vem acompanhada de uma representatividade genuinamente feminina. Nesse contexto, três mulheres se juntaram para construir uma mandata democrática que defende os direitos das minorias utilizando o recurso da coletividade em respaldo ao aumento no número de pessoas com voz e vez.

De acordo com elas, a Mandata Coletiva e Compartilhada de Mulheres leva esse nome porque é uma reação, um recurso de linguagem para subverter o machismo da língua portuguesa. A candidatura coletiva é assim chamada porque duas ou mais pessoas se comprometem a assumir e compartilhar ideias e ações em prol de um mandato mais abrangente. Apenas uma representante será registrada na justiça eleitoral, mas todas terão opinião ativa em peso igualitário para chegar em um consenso na tomada de decisões que serão apreciadas em plenário, no gabinete e demais ambientes que compõem o cargo de vereadora. Segundo Alessandra, Joana e Nina, nesse caso especificamente, “o objetivo é democratizar a representação popular por meio de um coletivo de mulheres diferentes, plurais, mas com identidade ideológica e de consciência social.”

Segundo elas, o termo Compartilhada significa que o programa, projeto e mandata serão construídos em conjunto com movimentos sociais, associações, coletivos, cooperativas e qualquer pessoa que se interessar pelas pautas. “Dessas reuniões, serão tiradas pautas prioritárias a serem defendidas pela mandata, oficializada em um documento registrado em cartório. Nas reuniões de construção serão designadas pelas participantes e pelos participantes uma representante para acompanhar a execução da mandata”. De acordo com elas, a exigência de que seja uma mulher se dá por questão de coerência com a proposta de uma construção de mulheres que reivindicam esses espaços, mas que têm sua atuação, ainda que prioritariamente voltada para as mulheres e crianças, estendida a todos. O nome a ser dado a essa representante será escolhido coletivamente.