Maria Celeste, de 53 anos, estava na unidade e resolveu fazer o teste. “É sempre bom se prevenir porque o sofrimento depois é muito maior” – lembra. Segundo os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), o Brasil registra anualmente cerca de 40 mil casos de infecção pelo HIV. Uma média de 69% em homens e 31% em mulheres, principalmente na faixa etária de 20 a 34 anos (52,7% dos casos). Em Aparecida foram notificados um total de 2.299 casos HIV/AIDS. Em 2019 foram notificados 260 casos e 188 em 2020, sendo 80, 3% (151) dos casos em homens e 19, 7% (37) dos casos em mulheres.
A campanha é uma iniciativa da Vigilância Epidemiológica de Aparecida, por meio do Programa de IST/AIDS e Hepatites Virais. Segundo a coordenadora do programa, Daniele de Oliveira Prates, além de todo tratamento das pessoas que vivem com o vírus e o uso do preservativo, a Secretaria de Saúde disponibiliza gratuitamente à população estratégias e tecnologias avançadas para a prevenção à infecção pelo vírus. “A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), por exemplo, são medicamentos oferecidos sob a orientação do Serviço de Assistência Especializada (SAE) que, utilizadas de forma isolada ou combinadas, podem evitar a transmissão do HIV” – explica Danielle.
Daniele explica que além do tratamento das pessoas que vivem com o vírus e o uso do preservativo, a Prefeitura disponibiliza gratuitamente à população estratégias e tecnologias avançadas para a prevenção à infecção pelo vírus. “As pessoas já foram aculturadas para o uso da pílula do dia seguinte, por exemplo, mas poucas pessoas sabem da existência de profilaxias destinadas especificamente para situações de suspeita de contágio com soropositivos. Ainda existe muito tabu e preconceito da maioria da população” – completa.