A morte do barbeiro Chris Wallace de Souza, de 24 anos, que tinha câncer nos ossos e morreu por causa de uma abordagem da Polícia Militar vai para os tribunais. Nessa quinta-feira (2), a Polícia Civil pediu a prisão preventiva dos PMs envolvidos no caso e os indiciou ao Ministério Público. O delegado que conduziu a investigação, Ernane Cázer, diz que os laudos comprovam que o rapaz foi agredido durante a abordagem. Ele morreu seis dias depois.
O delegado já sabe que um desses policiais, Bruno Rafael da Silva, entrou em contrato com a irmã da vítima no decorrer do inquérito, o que pode ter prejudicado a coleta de elementos. Esse fato já basta para justificar o pedido de prisão preventiva. O delegado diz também que, durante a abordagem, os policiais assumiram o risco de matar Chris, mesmo que não tenha havido intenção. O laudo cadavérico apontou várias lesões por ação contundente. O barbeiro sofreu traumatismo craniano.
A defesa dos PMs considerou prematuro o pedido de prisão preventiva por entender que os investigados têm residência fixa e que a liberdade deles não representa risco ao processo.