A conta não fecha. Qualquer leigo no assunto sabe que tem superfaturamento nessa história de aluguel dos “ônibus elétricos e sustentáveis”. Para ajudar você a entender: Caiado quer alugar cada ônibus elétrico por R$ 13,300 milhões. São 114 veículos na frota, só multiplicar. O Valor ultrapassa R$1,5 bilhão. Pergunta básica: esse contrato de aluguel prevê a queda do valor com o envelhecimento do ônibus?
O preço de cada veículo
Recorremos a revista IstoéDinheiro, do dia 5 de maio de 2021, há 11 meses. Veja o que foi publicado:
O investimento para aquisição de um modelo elétrico, porém, é superior em relação ao movido a diesel. Enquanto os tradicionais custam em média R$ 600 mil, as unidades movidas a bateria partem em média de R$ 1,3 milhão e podem superar os R$ 3 milhões.
Agora veja uma reportagem da revista Quatro Rodas, publicada há 8 meses, em setembro de 2021:
O câmbio tem duas marchas, uma para a frente e outra à ré, e o seu painel é bem similar ao de um ônibus comum. Entre os destaques, há coluna de direção regulável. Além disso, o chassi da BYD conta com regulagem de altura do piso, ajoelhamento bilateral, sistema antichama, tacógrafo digital, rodas de alumínio e suspensão pneumática integral. O preço básico do D11B é de R$ 3.420.000.
Pergunta ao Ministério Público: esse aluguel de um ônibus que vale R$ 3 milhões, por R$ 13,300 milhões, considerando que são 114 veículos, está sendo acompanhado pelo MP?