terça-feira , 5 novembro 2024
Goiás

Em 2016 Marconi Perillo assumiu a presidência do Comitê de Combate a dengue e foi para o enfrentamento. Hoje, enquanto a dengue alastra em Goiás, Caiado faz campanha eleitoral

Caiado não tomou nenhuma providência após o alerta do boletim epidemiológico do Ministério da Sáude (MS), no início da semana, que informou: Goiás tem cinco vezes mais casos de dengue por 100 mil habitantes que a média nacional. Será que Caiado tem alguma culpa nesse caso? Tem sim, a culpa da omissão e quem paga a conta é a população.

Em 2016 Goiás passou por uma grande epidemia de dengue. O cenário era parecido com esse e fomos o estado mais afetado, com maior incidência de dengue e a maior mortalidade proporcional do Brasil. Qual foi a providência do governador da época, Marconi Perillo?
Marconi criou um Comitê de Enfrentamento e Combate à dengue, assumiu a responsabilidade como presidente do Comitê e montou uma grande estratégia para eliminar a proliferação do mosquito transmissor da dengue.
Primeira ação: A Secretaria a Educação iniciou campanhas de esclarecimento para as crianças nas escolas. Agentes comunitários foram acionados para levar o debate também para membros da sociedade civil, entidades de classes, clubes de serviços, e houve um engajamento muito forte por parte da sociedade.
O governo acionou o Conecta SUS como Gabinete de Crise. O corpo de bombeiros também foi acionado e passou a ter um papel fundamental no combate. “Nós fizemos por exemplo uma carta mensal com todos os indicadores do município para o prefeito e para a câmara de vereadores, para que eles vissem os avanços ou não, no combate à doença dentro do seu município. Criamos prêmios, um deles era pagar o repasse de saúde em dobro para os municípios que eliminassem os focos quando fizessem a inspeção mensal e não tivesse nenhum foco, e também era um estímulo ao prefeito e para a população, para se empenhar no combate ao Aedes Aegypti”, disse Marconi Perillo.
O governo investiu no desenvolvimento de um sistema de georreferenciamento em tempo real, onde a informação chegava precisa sobre cada domicílio e cada localidade em Goiás. Quantos criadores existiam? como foram eliminados? E se foi ou não usado inseticida.
Com Marconi presidindo o Comitê e participando pessoalmente de cada decisão, rapidamente Goiás conseguiu eliminar boa parte dos focos. O estado ganhou vários prêmios de reconhecimento, em nível nacional e também internacional. “Goiás foi considerado um exemplo no combate ao Aedes, nós coordenamos as ações com as prefeitura, isso é importante dizer, coordenamos os agentes de saúde, os agentes comunitários, os agentes de combate a endemia dos municípios juntos com os bombeiros. Essas pessoas fizeram um trabalho fantástico de fazer visitas domiciliares, de casa em casa, não só identificando os focos e criadores do Aedes Aegypti, mas ensinando a população o que fazer para evitar o problema em suas residências”, lembrou Marconi.
Em 2016 20% dos focos estavam em locais públicos, e 80% dos focos de Aedes Aegypti estavam dentro das residências, ou seja de responsabilidade era do cidadão e por isso o trabalho com agentes comunitários, de casa em casa, foi importante para a queda violenta do número de infestação da doença, número de casos graves e o número de óbitos.

Em 2022 o Aedes Aegypti voltou 5 vezes mais forte. O que o governador Ronaldo Caiado fez para combater? Nada, está ocupado com sua campanha eleitoral. O governo é uma apatia total, a Secretaria de Saúde não assume seu papel de coordenação e não dá o apoio aos municípios.

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