O Ministério Público de Goiás denunciou mais um escândalo de superfaturamento na administração do prefeito Vando Vitor, de Palmeiras de Goiás. O inquérito civil instaurado pelo promotor de Justiça Eduardo Silva Prego apurou irregularidades em licitação para fornecimento de material para pequenas reformas e equipamentos de proteção individual (EPI) para a prefeitura.
O MPGO apurou, após fazer o comparativo de preços das notas fiscais liquidadas e pagas pelo município de Palmeiras à empresa Cement Service Eireli, que todos os preços unitários dos produtos relacionados nas notas fiscais já pagas ficaram acima dos preços referenciados pela Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) em até 717,50%, com uma média de R$ 190,31%.
Diligências realizadas pela Promotoria de Justiça constataram que, no endereço da empresa, havia uma residência e uma sala comercial fechadas, sem sinal de funcionamento. Foi informado que esta não funcionava desde 2018.
A investigação apurou também que, em 2018, Cassiu Lopes Cardoso, secretário municipal de Administração e Planejamento, solicitou a abertura de procedimento licitatório para a aquisição de materiais para pequenas reformas e EPIs. Foi adotada a modalidade pregão presencial. No entanto, o secretário adiantou-se ao Departamento de Compras da prefeitura e contatou o empresário Hesley dos Passos Silva, solicitando a realização do orçamento dos materiais em outras empresas.
Fontes palacianas garantem que o prefeito Vando Vitor está atrás do governador Ronaldo Caiado para tentar barrar o Ministério Público. “Estão pegando no meu pé”, teria dito Vando Vitor. E a pergunta que fica é: E aí Caiado?