O Ministério Público Federal, sob sigilo, abriu uma investigação para apurar denúncias de assédio sexual por parte do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. A denúncia foi feita pelo site Metrópoles. O caso ainda está em andamento no MPF e algumas das funcionárias já prestaram depoimento formal aos procuradores. Já são 10 vítimas do presidente da Caixa. Em entrevista GloboNews, uma das vítimas disse que ele “abraçava as vítimas encostando o pênis” e em outra oferecia benefícios para que elas fizessem o que ele queria. Uma das funcionárias, identificada como Ana, disse que ao se sentir próximo de algumas mulheres, Pedro Guimarães se sente “dono” delas.
Todas as denunciantes trabalham ou trabalharam em equipes que lidam diretamente com o gabinete da presidência da Caixa e acompanharam o presidente nessas viagens. Elas se dizem assediadas e abusadas por Guimarães em diferentes situações.
De acordo com as funcionárias, também eram comuns, durante as viagens, convite para elas irem à piscina ou à sauna na companhia do presidente. Em uma das ocasiões, duas servidoras foram chamadas ao encontro de Guimarães na piscina. E sentiram o constrangimento.
“Ele parecia um boto, se exibindo. Era uma espécie de dança do acasalamento”, diz Cristina, uma das denunciantes. Ela afirma que depois, outra mulher ouvir uma proposta indecente de um auxiliar de Guimarães: “E se o presidente quiser transar com você?”.
Aliados alertaram Bolsonaro sobre o potencial do estrago das denúncias em sua campanha à reeleição. Assessores palacianos disseram que a saída de Guimarães da Caixa já é certa.