Segundo a reportagem do jornal Correio Braziliense publicada neste sábado (24), o Ministério Público de Goiás alega que o pedido de arquivamento do inquérito militar feito pela Corregedoria da PMGO é improcedente.
O MP considera que não se trata de crime militar, mas de crime doloso contra a vida. Por isso, no entendimento do MPGO, a corregedoria não tem poder para mandar arquivar o inquérito, mesmo que haja conclusões que inocentem os militares. Os promotores requereram o reconhecimento da incompetência da Justiça Militar para o julgamento do processo.
A juíza de direito Bianca Melo Cintra acolheu o pedido. O processo será encaminhado à Comarca de Águas Lindas de Goiás, do MPGO, que vai analisar o caso e avaliar se oferecerá denúncia ou não contra os militares. O Correio apurou que, internamente, alguns promotores encontraram provas para questionamentos quanto à conduta dos militares, entre eles o ex-segurança do governador Ronaldo Caiado (UB) e candidato a deputado federal, Edson Melo, que anteriormente detalhou, em entrevista ao jornal, que Lázaro foi morto com mais de 60 tiros. O que configura execução em vez de confronto.
A reportagem do Correio Braziliense procurou a PMGO e a Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) para se manifestarem sobre o pedido do Ministério Público, mas não houve resposta.