O Ministério Público de Goiás registrou, de ofício (sem provocação por meio de denúncia da sociedade), notícia de fato para investigar situação ocorrida em Novo Gama e registrada em vídeo, que mostra uma abordagem da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal a um jovem negro e no qual é possível ouvir alguém dizer “vai gritar Lula lá na África”.
A instituição expediu nesta quinta-feira (6) ofícios às duas corporações, solicitando esclarecimentos sobre o conteúdo do vídeo, diante da presença de integrantes na filmagem. O jovem negro afirmou ao jornal O Popular que vai abrir um processo por injúria racial contra o policial militar.
Diante desta situação, o MPGO, responsável pela defesa dos direitos coletivos, reitera que repudia e atua em diversas frentes no combate ao racismo e à xenofobia (caso recente envolvendo servidora da instituição está em investigação na Corregedoria-Geral da instituição). Além de investigações nas esferas administrativa e criminal, o MP mantém órgãos dedicados ao enfrentamento aos crimes de ódio e intolerância.
Internamente, a instituição conta com a Comissão de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade, que tem por objetivo elaborar, promover e efetivar práticas de combate a preconceito e discriminação de qualquer natureza. Externamente, e com o mesmo objetivo, atua o Núcleo de Diversidade e Combate à Discriminação.
Assim, atento à questão da diversidade, o MP tem promovido atividades, direcionadas aos públicos interno e externo, de conscientização e combate ao racismo estrutural e de promoção da igualdade de raça e gênero, a exemplo de seminário com o tema Os Desafios no Combate ao Racismo, realizado em junho deste ano, e um curso sobre letramento racial, já em fase de elaboração. Também está em fase de desenvolvimento uma campanha de combate ao racismo, a ser veiculada internamente e externamente.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MPGO