Em post no seu perfil no Facebook, o economista Bruno Fleury, que ocupa uma das superintendências da Secretaria de estadual Gestão e Planejamento, reclama das notas em que o Goiás 24Horas aponta uma série de entrevistas em que os novos secretários do Governo do Estado falam sobre as suas áreas de atuação, mas não citam o nome do governador Marconi Perillo.
“Pelo pouco que conheço o governador Marconi Perillo, ele não se liga nessas bobagens. Aliás, não se mede a lealdade de um companheiro pelo nível da bajulação e sim pelo compromisso e pela eficácia das ações de Governo”, escreve o superintendente, avisando, a seguir, que por esse motivo não vai mais acompanhar o Goiás 24Horas.
Embora lamentando perder tão ilustre leitor, o blog não pode deixar de aproveitar a oportunidade para esclarecer o que motivou as notas. Todas as entrevistas apontadas – com os secretários Leonardo Vilela, Joaquim Mesquita, Ana Carla Abrão Costa, Raquel Teixeira e o presidente da Saneago, José Taveira – trazem um ponto em comum: além de não mencionar a existência de Marconi, não apresentam nenhuma ideia, projeto ou visão que não tenha sido formulada antes pelo próprio governador.
Nenhum deles apresenta um conceito ou uma concepção original, de sua própria autoria, apenas repetindo, sem atribuir crédito ao verdadeiro autor (no caso, Marconi), as linhas mestras já traçadas pelo governador para as suas áreas de atuação. Organizações Sociais na Educação? Ideia de Marconi. Hugo 2? Também. Os índices de violência são altos porque a legislação penal manda soltar os criminosos? Denúncia de Marconi. Hugo 2 e Credeqs? Projetos de Marconi, só de Marconi. Enxugamento do Estado? Marconi, mais ninguém. Barragem do João Leite? Projeto de Marconi. E vai por aí.
O pior é que, em alguns casos, secretários se gabam de sua expertise, de sua qualificação e de seus supostos “compromissos”, deixando no ar que estão cobrindo uma falha do governador. Assim, por exemplo, a nova titular da Educação, Raquel Teixeira, repetiu várias vezes que “é conhecida” e que “todos sabem que tem compromisso com os professores” – como se, anteriormente, no Governo, ninguém tivesse essa preocupação.
É como se Marconi também não tivesse compromisso com os professores. José Taveira, outro exemplo, afirmou que a Saneago “tem problemas graves” e que ele – sim, “ele” e mais ninguém – vai usar o seu prestígio para buscar recursos no BNDES e na Caixa Federal para resolver essas pendências. Venhamos e convenhamos: no BNDES e na Caixa Federal, se houver possibilidade de conseguir algum apoio, só mesmo em nível de governador de Estado. Um mero presidente de companhia de água e saneamento, jamais.
Não se trata, portanto, como diz Bruno Fleury, de “bajulação”. Nem de “lealdade”. Ao deixar de citar o nome do governador – nome e sobrenome: Marconi Perillo –, os secretários colocam o seu ego acima do coletivo e do ícone maior do Governo, aquele que pagará o pato se algo der errado e, merecidamente, deve receber os louros, se tudo correr tudo bem. Pois, se Marconi tivesse perdido a eleição, nem Raquel Teixeira nem José Taveira nem qualquer outro secretário nem Bruno Fleury seriam nada, hoje.
Nada.
O governador é que é tudo, é a fonte de tudo.
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