A crise aberta na Assembleia Legislativa com a disputa entre os deputados pelos cargos da Mesa Diretora representa, na verdade, o primeiro fracasso do novo líder do Governo na Casa, deputado José Vitti (do PSDB).
Assim que os parlamentares chegaram a um consenso sobre a condução de Hélio Souza à presidência da Assembleia, Vitti foi designado para promover a composição em torno das demais posições da Mesa. Mas, pouco afeito a articulações (na verdade, Vitti sempre apagado em plenário e nem um pouco interessado no verdadeiro conteúdo político do Parlamento), o deputado não comandou uma busca de entendimento e o resultado é o que está na página 7 de O Popular, na edição desta quinta: “Cargos geram crise na Assembleia”.
O jornal informa que, “com exceção da presidência, que deve ser ocupada por Helio de Sousa (DEM), e das segunda e terceira secretarias (estão reservadas, respectivamente, para PTB e PT), as demais vagas continuam sendo motivo de desentendimento entre parlamentares”.
Desde 1999, não há disputa pela composição da Mesa Diretora. Naquela época, com a eleição de Sebastião Tejota para a presidência, a primeira vice-presidência acabou sendo disputada no plenário entre os então deputados George Morais, que venceu, e Abdul Sebba. Daí para cá, não houve mais confronto, com a distribuição dos cargos por consenso entre os partidos e parlamentares.
Reprovado no seu primeiro teste, o líder José Vitti deixa a bancada governista e a própria totalidade dos deputados em clima de insegurança – o líder do Governo deveria ser uma espécie de fio condutor dos trabalhos da Assembleia e também responsável pelos acertos entre os parlamentares, tanto em votações quanto em assuntos internos da Casa.
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