A oposição em Goiás beijou a lona com o resultado da última eleição, que consagrou o governador Marconi Perillo para um quarto mandato e, em um primeiro momento, enterrou a possibilidade de um debate político produtivo no Estado.
Mas, agora, surgiu, para a oposição, uma chance de recuperação, através do espaço e da visibilidade que a bancada oposicionista na Assembleia Legislativa pode conquistar, na nova Legislatura que se inicia no próximo domingo, 1º de fevereiro.
Nem mesmo a vitória de Ronaldo Caiado para o Senado deu alento para a oposição, derrotada de cabo a rabo. Caiado tem defeitos graves: é personalista, isto é, só pensa nele mesmo; seu discurso é eivado de chavões radicais, como a eterna promessa nunca cumprida de convocar fulano ou beltrano para dar satisfações no Congresso; e todo mundo sabe que não tem nenhuma base real de apoio, a não ser o barulho marqueteiro que gosta de fazer e que o levou a conquistar o mandato senatorial por conta da falta de adversário (foi beneficiado pela campanha ridícula do concorrente Vilmar Rocha).
Mas, na Assembleia, a oposição pode renascer. Ou se refundar. Tudo por conta de quatro parlamentares – José Nelto, Adib Elias e Ernesto Roller, do PMDB, e Luís Cesar Bueno – aos quais são atribuídas qualidades extraordinárias para o debate na caixa de ressonância que é o plenário do Legislativo: são experientes, amadurecidos, bons de discurso – profissionais, enfim. Ninguém nega isso.
Contra, eles enfrentarão uma bancada governista que é avaliada como a mais fraca da história da Assembleia, sem expoentes e repleta de “garotos” sem experiência e sem traquejo para o confronto.
Fracassada nas urnas, a oposição pode ressurgir das cinzas. Na Assembleia.