A ala, digamos assim, mais responsável do PMDB goiano está sonhando alto com um plano de futuro muito bem definido: ganhar a Prefeitura de Goiânia em 2016 com Iris Rezende e, em seguida, em 2018, lançar Ronaldo Caiado para governador e Maguito Vilela para senador.
Nesse projeto, não há espaço para o bilionário Júnior Friboi, a não ser que ele aceite uma candidatura a vice-governador ou então a segunda vaga para a disputa pelo Senado. Friboi, com um discurso equivocado e um passado de desgastes interno no PMDB, estaria fora do jogo ou destinado a um papel suplementar.
A bancada de cinco deputados peemedebistas na Assembleia Legislativa, que deve crescer como vanguarda do partido, trabalha claramente com esse “sonho” e descarta a possibilidade de “aventuras” como, por exemplo, o lançamento do deputado federal Daniel Vilela para o Governo – ele é considerado sem estofo para uma eleição dessa importância.
Reservadamente, o deputado estadual José Nelto, líder da bancada, tem os olhos postados no lançamento de Iris, no ano que vem, e em seguida de uma chapa liderada por Caiado, acompanhado de Maguito, na disputa pelo cargo de governador e uma vaga de senador, como saída plausível para que o PMDB volte ao poder em Goiás. O parlamentar entende, ainda, que o ex-deputado federal Sandro Mabel deveria ter uma vaga obrigatória nessa chapa – que ganharia, assim, competitividade suficiente para enfrentar os tucanos.
A chave de tudo é a eleição de Iris em Goiânia. Mesmo considerado antiquado e personalista, Iris tem resíduo eleitoral positivo na capital e fortes chances de se eleger para o Paço Municipal. Uma vez lá, pilotaria a plataforma que daria chances reais para a candidatura de Caiado.