Em uma análise dura e extensa, o Jornal Opção desta semana aponta a contradição crucial que consome o PMDB em Goiás: “O partido prega a renovação e a mudança. Porém, ao manter Iris Rezende, de 81 anos, como principal líder,sugere que se trata de um partido estagnado. Por que não se tira o cacique da liderança? Porque os possíveis líderes não querem enfrentá-lo, sem entender que isto é inadiável”.
O jornal lembra as cinco derrotas consecutivas do PMDB, desde 1998, e afirma que “parte do partido pretende bancar Iris Rezende para prefeito de Goiânia. Se o fizer, provará, mais uma vez, que não entendeu o recado das urnas”. As cinco derrotas, segundo a matéria, levam a uma pergunta: “Iris Rezende pode ser considerado um verdadeiro líder? Não pode. O verdadeiro líder não leva seu partido para o cemitério político. Quando percebe que se tornou ‘o’ problema, retira-se, aposenta-se. Iris Rezende, pelo contrário, não se afasta e não abre espaço para que o partido possa ‘formatar’ um líder ou novos líderes”.
No final do texto, o Jornal Opção arrisca uma previsão: “É provável que o PMDB só volte ao poder em Goiás, em termos de governo do Estado, quando matar, simbolicamente, seu pai político”. E conclui: “Iris Rezende está superado”.