A crise moral que se abateu sobre a administração do prefeito Paulo Garcia (PT) gerou distorções graves, como a que estampa a capa do jornal O Popular desta segunda-feira.
A jornalista Fabiana Pulcineli constatou, com simples consulta ao site Transparência Municipal, que a prefeitura continua a pagar o salário do ex-presidente da Comurg Luciano de Castro, afastado do cargo por suspeita de envolvimento em um esquema cabeludo de corrupção (apesar das evidências, Luciano ainda deve ser tratado como suspeito até que a Justiça conclua a tramitação do processo).
Luciano recebeu R$ 134 mil por ocupar a função de presidente do Conselho Administrativo do órgão. Ele próprio reconhece, todavia, que jamais participou de uma reunião do colegiado desde que foi afastado por decisão judicial. No máximo, assinou algumas atas.
Por outro lado, o prefeito acaba de vetar a proposta de pagamento retroativo da data-base salarial dos servidores públicos referentes a 2014 sob a alegação de que o município passa por uma grave crise financeira.
Conclui-se que para pagar o salário da companheirada que não trabalha, a administração tem dinheiro.
Para o funcionalismo, não.