Em uma página inteira, na edição deste domingo de O Popular, a secretária estadual da Fazenda, Ana Carla Abrão Costa, gasta o verbo para falar de um assunto que já está batido e repetitivo: o enxugamento que o Governo do Estado está promovendo na sua máquina administrativa.
Apesar do amplo espaço que ganhou no jornal, Ana Carla não traz nenhuma novidade. A ladainha é a mesma: a arrecadação estaria caindo por conta da crise nacional e por isso cortes e ajustes são necessários, inclusive atingindo salários do funcionalismo e obras estaduais. A secretária, contudo, não adianta nenhuma medida, nenhuma decisão, nada de concreto. Não há novidades. É só o mesmo discurso pessimista de dificuldades e de preocupação com as repercussões do cenário econômico do país nas finanças do Estado.
A entrevista de Ana Carla vem no momento em que o próprio governador Marconi Perillo se esforça para mudar o foco do Governo e tenta otimizar a agenda com uma intensa programação de inaugurações de obras, que deverá se estender até o meio do ano. Dentro da equipe de Marconi, há auxiliares insistindo na tese de que o ajuste não pode ser um fim em si mesmo ou uma política prioritária de Governo, mas apenas uma ferramenta administrativa temporária – e, portanto, uma página que precisa ser virada com urgência, em favor de temas mais importantes para a sociedade.
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