A edição desta segunda-feira de O Popular, supostamente o veículo de comunicação mais importante do Estado, é mais uma vez a comprovação de que a imprensa escrita, se não morreu, está caminhando aceleradamente para o seu fim.
O Popular não traz nenhum fato, nenhuma análise, nenhuma interpretação ou sequer uma foto ou qualquer coisa que possa chamar a atenção dos leitores que acompanharam minimamente os protestos, no domingo, pela televisão ou pela internet.
Pior é o título principal: em um momento de despertar político do povo brasileiro, o jornal destaca na primeira página a cor das roupas dos manifestantes: verde-amarelo. E daí? O que O Popular quis dizer? Nos jogos da Seleção Brasileira, os torcedores também vão de verde-amarelo, o que significa, na verdade, que a manchete apenas foi escapista, covarde e omissa ao fugir do enfoque sobre o conteúdo dos protestos em favor da sua mera aparência.
Vai mal, muito mal.