Em nota na sua aclamada coluna de mulheres peladas na última página do Diário da Manhã, o colunista Luiz Augusto Pampinha observa que o governador Marconi Perillo “anda sorrindo pouco” e exibe uma “uma fisionomia fechada, com cara de poucos amigos”.
O próprio Pampinha especula se a súbita austerização da expressão do governador seria “culpa de crise?.
Quem acompanha as aparições públicas de Marconi sabe que há um certo exagero na nota, porém um inegável fundo de verdade. O tucano é um político acostumado com a adversidade e já passou por situações dificílimas, que, sem exceção, sempre conseguiu superar.
Mas há uma explicação possível para a redução dos sorrisos: o Governo do Estado, desde 1º de janeiro, está pautado pelo discurso negativo do ajuste fiscal, que a secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão Costa, transformou em prioridade administrativa.
Como complemento, o Detran está há meses mergulhado numa crise e não consegue atender aos seus usuários. Finalmente, a Agetop – que vivia na crista do noticiário – sumiu de circulação, com as chuvas esburacando as estradas e praticamente todas as obras paralisadas.
Marconi gosta de governar montado no otimismo.
Dessa vez, o pessimismo está tomando conta.