Os balanços do Grupo Jaime Câmara, no que se refere à publicação de jornais (O Popular e Daqui), vem mostrando lucratividade decrescente desde 2012. Há poucos dias, O Popular publicou o balanço referente a 2014, confirmando a redução das receitas com publicidade de empresas privadas, classificados e publicidade de órgãos públicos.
Uma análise detalhada do balanço de 2014 revela que o aumento das despesas operacionais, diante da queda no faturamento, está comprometendo a lucratividade do setor de jornais impressos do Grupo Jaime Câmara. A alta do dólar é um dos fatores, já que materiais essenciais como papel e tintas, além de outros insumos industriais, são cotados na moeda norte-americana.
Em linguajar técnico-contábil, “tanto a receita líquida quanto os lucros auferidos pelo setor de jornais do GJC (bruto, operacional e líquido) apresentam tendência de redução ao longo do tempo. Em contraste, as despesas comerciais cresceram quase 32% durante o período analisado, ou seja, entre 2012 e 2014”.
Para um especialista que examinou os balanços, “a área de jornais do GJC está perdendo a capacidade de gerar fluxos futuros de caixa e lucratividade a partir dos níveis de riscos assumidos. Essa perda de capacidade de gerar fluxos de caixa pode, em momentos futuros, comprometer a solvência da empresa”.
Ou seja: não existe um amanhã para os jornais impressos do Grupo Jaime Câmara.