O presidente da Assembleia Legislativa, Helio de Sousa, é truculento, nunca reuniu a Mesa Diretora ou o Colégio de Líderes para compartilhar as decisões da Casa, não ouve ninguém e só faz o que quer – inclusive no caso das prometidas medidas de moralização e recuperação da imagem do Legislativo, que ou não apareceram ou foram engavetadas, como ocorreu com o projeto que reduziria o recesso parlamentar para 75 dias por ano (que, aliás, é excessivo e injustificável).
Essa é a opinião recolhida pelo Goiás 24Horas com deputados estaduais, que, por enquanto,não querem ser identificados.
Presidentes como Helder Valin e Jardel Sebba, que dirigiram a Assembleia nos últimos 8 anos, são lembrados com saudade pelos parlamentares veteranos – Valin e Jardel exerceram a Presidência com espírito democrático e conciliador no que diz respeito ao relacionamento direto com os deputados.
Helio de Sousa, ao contrário, revelou-se muito fechado e distante no cargo de presidente da Assembleia. Como nunca, ele permitiu que a Casa fosse dominada por uma burocracia que só responde a ele. Desde 1º de fevereiro, quando assumiu o comando, Helio não chamou os membros da Mesa Diretora nem muito menos os integrantes do Colégio de Líderes para discutir a agenda da Assembleia.
Pior: permitiu que o Grande Expediente, que antigamente se iniciava às 16 horas e concedia tempo estendido de 20 minutos para os discursos e debates entre os deputados, fosse extinto, substituído pelas longas reuniões da Comissão de Constituição e Justiça ou das Comissões Reunidas e pela pressa na votação de matérias sem importância (que representam 99% dos projetos e requerimentos de iniciativa dos parlamentares).
A insatisfação é grande. A Assembleia perdeu estatura e está pior do que antes.