Com uma equipe muito menor e estrutura mais acanhada ainda, o Diário da Manhã deu na edição desta quarta-feira um tremendo furo de reportagem: a defesa que o milionário Júnior Friboi apresentou no processo que trata da sua expulsão do PMDB. O jornal O Popular passou batido pelo assunto.
Segundo o DM, a defesa do empresário começa por desqualificar o autor do pedido de expulsão, um certo Durval Mota, que, por coincidência, ingressou no PMDB na mesma data em que Friboi o fez. Segundo o documento, Durval sequer comprovou a filiação, o que, do ponto de vista formal, tornaria inepta a sua petição ao Conselho de Ética do partido.
Em seguida, a defesa de Friboi lembra que ele foi recebido com festa pelo PMDB, com a presença, inclusive, do presidente nacional do partido, o vice-presidente Michel Temer. E acrescenta também que, hoje, o empresário não integra mais o Grupo JBS-Friboi – uma das alegações do pedido de expulsão é que Friboi seria vinculado a um cartel de frigoríficos que teria práticas prejudiciais ao setor pecuário brasileiro.
O principal ponto da defesa trata da motivação fundamental para a expulsão, que seria o fato de Júnior Friboi ter apoiado o governador Marconi Perillo na última eleição. Segundo o documento, o PMDB goiano tem inúmeros precedentes para esse tipo de postura, que nunca gerou a punição de nenhum dos seus membros. Um desses precedentes seria o próprio Iris Rezende, maior nome da legenda: são elencados vários exemplos de eleições em que Iris,em detrimento de candidatos do PMDB, teria apoiado nomes lançados por outros partidos (como, por exemplo, Fernando Collor em 1989, quando o velho cacique peemedebista virou as costas para o candidato do seu partido, Ulysses Guimarães).
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