O Ministério Público Federal pediu à Justiça Eleitoral a cassação do mandato do deputado federal Daniel Vilela, do PMDB, por ter recebido doação em dinheiro para a sua campanha eleitoral de uma empreiteira que presta serviços à Prefeitura de Aparecida.
Não, não tem nada a ver com a citação de Daniel Vilela no inquérito da Polícia Federal, batizado de Operação Miqueias, que apurou a atuação de uma quadrilha que fraudava fundos de pensão municipais – e que esteve várias vezes na Prefeitura de Aparecida. Uma das peças desse inquérito é uma foto onde o deputado aparece almoçando com a lobista Lucianne Hoepers, de dotes físicos invejáveis, a serviço do esquema de corrupção da quadrilha.
O inconveniente não só é o fato do prefeito ser MaguitoVilela, pai de Daniel, mas a existência de uma vedação legal para que fornecedores e prestadores de serviços a órgãos públicos contribuam com candidatos: segundo o Ministério Público Federal, trata-se de uma clara infração ao dispositivo da legislação eleitoral que proíbe que candidatos recebam doações de empresas concessionárias ou permissionárias de serviços públicos – no caso de Daniel Vilela a Estre Ambiental, que tem contrato com a Prefeitura de Aparecida.
Portanto, Daniel corre o risco de ser cassado a qualquer momento. Mas, mesmo assim, ele se julga moralmente investido no direto de atacar e fazer críticas ao Governo do Estado, como, de fato, o fez em um artigo neste domingo na página de opinião de O Popular.
Não tem esse direito.
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