O deputado estadual José Nelto, líder do PMDB da Assembleia, está se esforçando para colocar na mídia uma campanha contra a privatização da Celg – já decidida pelo Governo Federal e prevista para acontecer no ano que vem.
Nos próximos dias, Nelto vai procurar o vice-presidente Michel Temer para tentar conseguir apoio para a campanha.
Mas José Nelto enfrenta dois problemas:
1 – A privatização da Celg, que dará eficiência operacional e financeira para a companhia, tem a aprovação maciça do setor empresarial em Goiás, que desejam um modelo de administração energética ,em Goiás, totalmente livre de ingerências políticas. É por isso,aliás, que o senador Ronaldo Caiado parou de vociferar contra a transferência d a Celg para a iniciativa privada: as bases políticas do caiadismo, que se fincam no agronegócio, são totalmente a favor da venda.
2 – O próprio José Nelto, como deputado da base do então governador Maguito Vilela, votou a favor da privatização da usina de Cachoeira Dourada, que foi torrada por mais de R$ 1 bilhão de reais em 1997 – dinheiro que desapareceu consumido em pequenas obras e despesas de custeio, quando poderia ter sido empregado para alavancar a economia do Estado com projetos estruturantes e gerar, pelos cálculos da época, um acréscimo de pelo menos 1,5% ao PIB estadual.
E agora, José?