O Jornal Opção online mostrou agilidade e publicou agora há pouco as declarações da defesa do bilionário Júnior Friboi, rebatendo ponto a ponto as 9 acusações contidas no parecer do relator Dorival Mocó (não, não é piada, o nome é esse mesmo, leitor amigo) junto ao Conselho de Ética do PMDB goiano.
Antes de mais nada, o advogado Felipe Melazzo garantiu que vai recorrer da decisão ao diretório nacional do PMDB.
Veja como o advogado rebate as acusações de Dorival Mocó: segundo o Jornal Opção:
Sobre a filiação e a conduta da JBS, Melazzo destacou que Júnior Friboi foi recebido com festa pelo partido em evento marcado pela presença dos mais destacados membros do partido, entre eles o vice-presidente da República, Michel Temer, deputados, prefeitos, vereadores e dirigentes partidários.
“Meu cliente se desligou completamente das atividades da JBS em 2010, anos antes de sua filiação ao PMDB, e a empresa é estranha ao processo. Associar a gestão da empresa à sua conduta política e às normas do partido é no mínimo absurdo. Ademais, poderia uma pessoa jurídica filiar-se a um partido político? Sabemos muito bem que não”, afirmou Melazzo.
Quanto às acusações de ausências ou omissão dos eventos ou deliberações partidárias, a defesa questiona a ausência de provas. “Senhor presidente, no curso de direito aprende-se, logo nos primeiros dias de aula, o que é um processo e que o que não se encontra no mesmo está fora do universo jurídico processual, portanto, não sendo passível de qualquer manifestação sobre afirmações sem qualquer comprovação documental, como é o caso”, diz Melazzo na manifestação escrita.
Mesmo que tivesse cometido as infrações alegadas na representação, diz Melazzo, o Código de Ética e Disciplina do PMDB prevê sanções de advertência ou suspensão para as condutas apontadas e não a expulsão.
A defesa lembra que as infrações não foram cometidas, já que não existem declarações, imagens ou testemunhas de que Júnior Friboi pediu votos para o candidato adversário (itens h e i), ofendeu correligionários ou deixou de apoiar colegas partidários. “A mencionada carta em que comprovaria que meu cliente fez campanha para candidato de outro partido, só o que diz é que ele é o melhor para Goiás, conforme comprovado nas urnas, mas que seguiria apoiando seu partido, o PMDB, como de fato o fez”, observa Melazzo.
Em sua manifestação escrita, Felipe Melazzo cita que além de 17 prefeitos do PMDB que efetivamente declararam apoio ao candidato do PSDB, o próprio Iris Rezende apoiou candidatos de outros partidos. E diz em seguida: “Senhor presidente, em todos esses casos nenhum filiado sofreu a sanção que o representante pleiteia para o representado, que sequer praticou os atos acima citados. Nitidamente, há um contra senso. Há dois pesos e duas medidas. O que, sabemos, não é prática aceitável por este partido de grandes feitos”.