A oposição, mais precisamente as bancadas do PMDB e do PT na Assembleia Legislativa e, embora timidamente, também o senador Ronaldo Caiado, é contra a privatização da Celg, mas, até agora, não conseguiu apresentar um único argumento consistente para justificar essa posição.
A venda da companhia tem o apoio unânime do empresariado goiano, que deseja uma empresa de energia elétrica desvinculada de qualquer influência política e com capacidade para investir no desenvolvimento do Estado.
Para o PMDB e o PT, a privatização da Celg é ruim porque… é uma privatização. Essa é uma tese arcaica, impregnada de conteúdo ideológico, que não convence mais. O pior é que o Governo Federal, comandando pelo PT, é o maior interessado na operação, já que é dono de 51% das ações da empresa e vai fazer caixa com a sua transferência para a iniciativa privada. De resto, o governo petista é o maior privatizador do país, hoje, e está vendendo tudo – estradas, aeroportos, ferrovias – sob a desculpa de que são apenas concessões.
O discurso da oposição contra a privatização da Celg ainda acrescenta que Goiás estaria perdendo patrimônio. Furado: o Estado vai receber a sua parte dos recursos da venda e aplicar em obras e projetos, ou seja, não haverá perda, mas sim uma troca de ativos – que, aliás, deverá ser muito compensadora, ao deslocar recursos que estão, digamos assim, congelados, para aplicação dinâmica em infraestrutura e no estímulo à economia estadual.
Na sociedade, a repercussão do falatório sem conteúdo da oposição contra a privatização da Celg é zero.