O secretário extraordinário Antônio Faleiros acaba de ser nomeado pelo governador Marconi Perillo como seu assessor especial para cuidar da inserção das Organizações Sociais na gestão de escolas da rede estadual.
A escolha do governador é carregada de significado. Em 2011, Marconi resolveu atacar de vez o mau funcionamento dos hospitais estaduais transferindo a sua gestão para as OSs. À época, Faleiros, como secretário da Saúde e raciocinando como médico, foi contra a medida, mas não sabotou a decisão e, ao contrário, se empenhou com unhas e dentes na implantação do novo sistema.
E foi um sucesso. Hoje, não há quem não dê a sua aprovação para o bom atendimento que a rede estadual de hospitais presta à população, sob o comando administrativo das OSs.
Faleiros, inicialmente contra, tornou-se completamente a favor do novo modelo – transformando-se em um especialista em OrganizaçõesSociais. Não à toa, foi convocado por Marconi para repetir a dose, dessa vez na Educação. Antes mesmo da sua nomeação como assessor especial para ajudar o governador a implantar as OSs nas escolas, Faleiros já participava de uma força tarefa que vinha trabalhando no assunto.
Em condições normais, o processo deveria ser conduzido pela titular da pasta da Educação, Raquel Teixeira. Porém, Raquel, raciocinando como professora, nunca mostrou convicção e acabou criando a suspeita de que é contra as OSs. Por solidariedade corporativa coma sua classe ou por uma visão ideológica. Senão for contra, digamos que ela no mínimo é pouco entusiasmada com as OSs e em tese representa um risco para o projeto.
Marconi, como de hábito, tem pressa e está certo de que, como aconteceu na Saúde, as OSs vão revolucionar o ensino em Goiás – repetindo e até melhorando a exitosa experiência dos colégios militares. Será um legado e tanto. Azar de quem quiser tentar atrapalhar.
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