Com as duas Casas do Congresso Nacional – Senado e Câmara dos Deputados – trabalhando normalmente em Brasília, os 41 deputados estaduais não se mancaram e entraram em férias de pouco mais de 30 dias, que vão durar até o próximo dia 4 de agosto, uma terça-feira (a Assembleia goiana só tem sessões para valer nas terças, quartas e quintas).
A alegação de suas excelências é uma afronta à sociedade: precisam do período de descanso para dar assistência às suas bases no interior, algo que fazia sentido antigamente, quando não havia comunicações, estradas ou meios dinâmicos para que os políticos se comunicassem com os municípios que representam o que abunda (essa palavra vai em homenagem à Assembleia) hoje.
Para piorar as coisas, enquanto o trabalhador comum tem 30 dias de férias por ano, os deputados estaduais desfrutam de quase 100 dias – no início, no meio e no fim do ano. E continuam recebendo seus salários, além das demais vantagens, inclusive a nefanda verba indenizatória, que permite até que eles frequentem restaurantes e debitem as contas aos cofres públicos.
É bom registrar: no Senado e na Câmara, o recesso anual não passa de 45 dias, no total.