“O PMDB, o outrora gigante da política goiana, agoniza publicamente, e pode chegar ao ponto de nem ao menos lançar candidato próprio ao governo do Estado em 2018. Difícil perspectiva para o partido que há 36 anos iniciou a conquista política de Goiás, e que aos poucos vai se tornando cada vez menor” diz o experimentado comentarista Afonso Lopes, em seu artigo no Jornal Opção neste domingo, prevendo que o partido vai abrir mão da cabeça de chapa e apoiar o senador Ronaldo Caiado, do DEM.
Afonso Lopes explica: “Pode ser o ocaso do ex-gigante da política goiana? Sim, pode ser. Por sinal, existem sinais evidentes de que isso já está em curso. Do jeito que as coisas estão acontecendo nas entranhas do PMDB, é pouco provável que o partido consiga lançar candidato próprio ao governo do Estado em 2018. O nome mais viável é obviamente, e sempre, o de Iris Rezende. Mas enfrentar mais uma disputa após duas derrotas consecutivas é dose cavalar até mesmo para um líder como ele. A solução seria o irismo aceitar que outra corrente interna entrasse no jogo. Mas quem, a não ser um integrante do chamado grupo maguitista. O PMDB hoje se resume a esses dois grupos. Como existe um veto aos maguitistas, a saída é encontrar nome externo. É onde entra Ronaldo Caiado (DEM), única liderança bastante expressiva em nível estadual que é aceita pelo irismo”.
O jornalista aponta uma causa para a decadência do PMDB em Goiás: Iris. Segundo entende, “o tempo passou e o PMDB de antigamente perdeu sua enorme identificação com boa parte da população brasileira. Em Goiás, não foi nada diferente. Em 1998, em uma virada histórica (a primeira vitória de Marconi Perillo), os peemedebistas começaram o atual calvário. Ao contrário do que ocorre em nível nacional, onde o partido ainda consegue maioria aqui e acolá, em Goiás a situação é bem ruim. Para alguns observadores da cena política estadual, Iris Rezende e seu completo domínio do PMDB no Estado, são sua redenção e também a sua condenação”.