Um balanço dos seis primeiros meses de atuação de Ronaldo Caiado no Senado da República mostra que, do ponto de vista das posições assumidas e dos projetos apresentados e defendidos, o goiano é uma espécie de anão bravateiro perto de gigantes como, por exemplo, o senador José Serra.
Em seis meses, Serra apresentou proposições e avançou com soluções para os grandes problemas nacionais que Caiado, em toda a sua vida parlamentar, antes com vários mandatos de deputado federal e agora de senador, jamais arranhou. Além de frases de efeito e factoides, o representante de Goiás não acrescentou nada de novo ou importante ao panorama institucional do país.
Já Serra é uma usina de projetos. Foi ele quem apresentou e aprovou um projeto aumento para 10 anos o tempo de internação dos menores infratores, medida que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente e se constitui em uma grande alternativa para a polêmica da redução da maioridade penal.
Enquanto Caiado se restringiu às suas tradicionais ameaças de convocar ministros e, pitorescamente, até o presidente do Paraguai, José Mujica, para falar sobre o mensalão – convocações que jamais se concretizam –, Serra marcou os seus primeiros seis meses com uma série de projetos e ideias de peso. Veja apenas essas três (tem muito mais):
1) Projeto que dá autorização para governadores usarem o dinheiro dos depósitos judiciais no pagamento de dívidas.
2) Cria a Nota Fiscal Brasileira, com o objetivo de incentivar e melhorar a arrecadação dos governos federal, estadias e municipais.
3) Altera a lei que estabelece a participação mínima da Petrobras no consórcio de exploração do pré-sal, com uma redução de presença da estatal que trará um grande estímulo à produção de petróleo nos próximos anos.
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