“Não posso fazer nada”. Foi o que disse o presidente do Sindicato dos donos de postos de Gasolina de Goiás (Sindiposto), José Batista Neto, a respeito do aumento súbito de até 50% no preço do combustível na Capital, ocorrido no último dia 23. Em entrevista à rádio Bandeirantes 820 AM, Batista afirmou que sua obrigação não é controlar preços praticados pelos postos, mas defender os interesses dos empresários que vendem a gasolina e o álcool. “Somos um sindicato patronal”.
O pouco caso de José Batista, que soou como deboche, tirou do sério o jornalista Adolfo Campos, que participava da entrevista. “Eu quero respeitar o senhor, mas está difícil. O senhor está com medo de quem? É muito curioso o presidente do Sindiposto dizer que não sabe por que o combustível aumentou 50% do dia para tarde”.
Batista, que alegou estar em Brasília, afirmou que soube pela imprensa do reajuste escorchante praticado pelos postos, que revoltou a população. Mas sugeriu que ele pode ter sido causado por reajuste no salário de frentistas, aumento no preço praticado pelas distribuidoras e das tarifas de água e energia elétrica.
Vale dizer que, nesta terça-feira, o Ministério Público abriu inquérito civil público para investigar os postos.
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