Um rápido passeio pelos terminais de ônibus da Capital mostra que eles não estão prontos para receber deficientes físicos que usam o transporte coletivo. Dá para contar nos dedos os pisos com sinalização que ainda restam no chão, as rampas para acesso às plataformas de embarque estão (pasmem!) trancadas com cadeado e há degraus para todo o canto.
A gestão do transporte coletivo de Goiânia é de responsabilidade da prefeitura de Goiânia, que controla a Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) – e que tem, como presidente, o prefeito Paulo Garcia (PT). O mesmo Paulo que, na campanha pela reeleição de 2012, prometeu uma administração sustentável e que respeitasse, como ele mesmo gosta de dizer, “cada homem e cada mulher desta cidade”.
Agora nos responda, prefeito: é “sustentável” abandonar os deficientes físicos à própria sorte, obrigando-os a apelar à solidariedade de estranhos para acessar os terminais de ônibus? Estas pessoas são menos merecedoras de respeito que as outras, dotadas de membros inferiores que as habilitam à plena locomoção?
Será que, se o prefeito tivesse um filho com deficiência, ele seria tão negligente assim?
E o presidente da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), Murilo Ulhôa? Por que não finge, pelo menos, que se preocupa com o problema?