Faz poucos dias que Nelcivone Melo foi nomeado pelo prefeito Paulo Garcia (PT) para presidência da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), e cada vez que Nelcivone pula de um cargo para o outro (já foram oito postos de chefia na prefeitura de Goiânia) as pessoas se perguntam: que legado deixará para a cidade o homem que mais tempo mamou nas tetas do poder na história do Estado e que construiu todo o seu patrimônio com salários pagos pelo poder público mesmo sem nunca ter recebido um voto?
A resposta tardou, mas veio: o legado de Nelcivone para Goiânia é a devastação de árvores. Às dezenas que a prefeitura já havia exterminado na avenida 85, ele juntou os belíssimos Flamboyants da avenida Goiás Norte – que agora já fazem parte do nosso passado – e juntará outras duas mil plantas, de acordo com reportagem publicada pelo jornal O Popular nesta terça-feira.
As futuras gerações se lembrarão de Nelcivone Melo como o cidadão que tornou mais árido este deserto de concreto e placas de publicidade pintadas com cores escandalosas; que fez realçar o calor senegalês que antes já maltratava o Planalto Central do Brasil, e que agora maltrata muito mais; que fez o goianiense se sentir um trouxa por cair na cantilena de sustentabilidade que o chefe dele, Paulo Garcia (PT), alardeou durante a campanha.
Nelcivone entrará para história, mas pela porta dos fundos.