Em nota no Jornal Opção online, o editor-chefe Euler Belém lista os cinco motivos que levaram o artista plástico a deixar a Superintendência de Cultura da Secretaria da Educação, depois de uma longa queda de braço com a titular da Seduce, Raquel Teixeira.
Veja você mesmo, leitor, o que Euler Belém diz de Aguinaldo Coelho e tire as suas conclusões:
1 — Não é oportunista nem alpinista político-social. Se discorda de uma ideia, por julgá-la equivocada, não titubeia e apresenta sua própria ideia. Não compõe exclusivamente para agradar. Mas seu contraponto é sempre apresentado com educação — o que é raro em tempos radicais. Aliás, dizem que Aguinaldo Coelho é “educado demais” — como se isto fosse defeito, e não virtude.
2 — Ao contrário do que sugere o chamado “teixerismo”, não é lento nem burocrata. Pelo contrário, é um realizador, só que segue os trâmites legais. Não avança os sinais. Nem diz uma coisa privadamente e outra publicamente. Não tem duas “caras”.
3 — Não disputa cargos a fórceps. Não briga, não articula lobbies para defendê-lo. Governo às vezes é uma briga de faca no escuro. Aguinaldo Coelho não aprecia isto e prefere abrir espaço para os adeptos de que a virulência deve ser a regra na política (não só na cultura).
4 — Se dependesse exclusivamente do governador Marconi Perillo, que aprecia seu trabalho e sua gentileza no trato diário, Aguinaldo teria continuado na superintendência. Porém, como dependia de Raquel Teixeira — que joga pesadíssimo, o que aprendeu na Câmara dos Deputados —, teve de sair.
5 — Detalhe final: Aguinaldo Coelho é decente. E isto incomoda muito.