Em entrevista ao semanário Tribuna do Planalto, edição deste fim de semana, a secretária da Educação Raquel Teixeira surpreende ao manifestar entusiasmo e empolgação com o modelo de gestão das escolas estaduais através das Organizações Sociais.
Até agora, a secretária sinalizava ser contra o projeto, tanto que, para contornar as resistências encasteladas na Seduce, o governo mandou um projeto de lei para a Assembleia, já aprovado, retirando da pasta o comando sobre o processo de inserção das OSs na educação estadual e conferindo ao secretário extraordinário Antônio Faleiros poderes para decidir e encaminhar o assunto.
“As OSs entram na gestão, o que é uma coisa boa, porque a secretaria tem quase 1.200 escolas. É muito difícil você daqui acompanhar o que está acontecendo em Uruaçu, Porangatu, em alguma cidade mais longe, ou mesmo aqui perto”, começa dizendo Raquel Teixeira. Ela acrescenta a seguir que, “se você transfere a gestão para alguém que saiba fazer isso melhor do que você, e o diretor foca na questão pedagógica, ele vai ter até melhores condições de um retorno pedagógico, em termos de aprendizagem do aluno, do que se ele estiver dividindo sua atenção com ‘quinhentas’ coisas dentro da escola. O professor vai poder focar naquilo que é a natureza do trabalho dele, que é ajudar o aluno a aprender”.
Na entrevista, Raquel Teixeira informa também que está tudo pronto para a adoção do modelo de gestão pelas OSs nas escolas do Estado, desde a parte financeira, passando pelo arcabouço jurídico e chegando até a questão da orientação pedagógica, que continuará a cargo da Seduce.